sábado, 18 de dezembro de 2010

Reforma agrária 50 anos depois

Com o agro-negocio houve a quebra de custo da alimentação no mercado interno. Antes uma familia brasileira gastava 48% de sua renda em alimentos e hoje gasta cerca de 20%. Aumento da produção de alimentos no país gerou uma redução nos preços, e é esta economia que permite às familias investir em bens de consumo duraveis e semi-duraveis. Isso só foi possivel  pelos aumentos impressionantes da produtividade e da produção no campo. Podemos homenagear o nosso produtor rural como herói. Produz 80% de todo suco de laranja em todo mundo, 40% de todo o café, 40% de todo açúcar exportado no mundo, 500 mil barril de etanol por dia e ainda tornou o Brasil o criador do maior rebanho bovino do mundo, o maiaor exportador de soja, o maior exportador de carne bovina, de frangos, e o segundo maior exportador de grãos.
Se não fosse a ousadia e firmeza de Plinio Corrêa de Oliveira, em enfrentar a onda agro-reformista, a partir dos anos 60, não haveria o que comemorar hoje no dia do agricultor. Seria um dia fúnebre como o da infeliz Cuba comunista.
As áreas de assentamentos da Reforma Agrária de 84 milhões de hectares, já é quase o dobro da área plantada de grãos pelos produtores rurais, que era apenas de 48 milhões de hectares em 2008. E maior do que se juntarmos as demais culturas, permanentes, como café, cítricos, frutas, florestas plantadas no total de apenas  77 milhões de hectares.
E o brilhante resultado acima descrito  foi obtido apesar de toda a perseguição estatal à propriedade privada. Os assentamentos de Reforma Agrária, pelo contrário, são tristes favelas rurais, dependentes em sua maioria da cesta básica e de bolsa familia para sobreviverem.
*Trechos da Introdução do Livro "Reforma Agrária 50 anos depois" de Dom Bertrand de Orleans e Bragança que dirige o movimento "Paz no Campo".

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