sábado, 19 de março de 2011

O cinismo de Dilma

Na entrevista ao Valor Econômico, uma manifestação de Dilma Rousseff veio carregada de cinismo: 
"Se não concordo com o apedrejamento de mulheres, eu também não posso concordar com gente presa a vida inteira sem julgamento (na base de Guantânamo)."
A poucos quilômetros de Guantânamo, nas masmorras cubanas, há dezenas de presos de consciência, cujo único crime foi discordar do regime assassino dos irmãos Castro. Estão presos com a cumplicidade oficial do Brasil. Um deles, Orlando Zapata Tamayo, morreu em greve de fome, depois de implorar para Lula que intercedesse junto a Fidel, em carta entregue na embaixada brasileira. No dia da sua morte, Lula estava lá, aos abraços e gargalhadas com Fidel Castro, em visita de cortesia ao tirano assassino. Os presos de Guantânamo, que atacaram alvos civis, prepararam ataques terroristas onde morreram homens, mulheres e crianças inocentes,  ainda não foram condenados à morte ou à prisão perpétua porque nenhum país do mundo quer receber tamanha escória. Os presos cubanos, estes já foram julgados. Obviamente, por um tribunal do Partido Comunista cubano e sem direito a advogado. Com estas prisões, Dilma concorda. Inclusive financia, mandando algumas centenas de milhões de dólares do BNDES para supostas obras de infra-estrutura que, na verdade, servem para encobrir o financiamento direto de uma ditadura sangrenta. É muito cinismo.
* Li no Blog Coturno noturno

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