quarta-feira, 31 de julho de 2013

Catástrofe ecológica, iminente, na China.


Poluição do ar em Tangshan, província de Hebei, fevereiro 2013
 
 Poluição do ar em Tangshan, província de Hebei, fevereiro 2013
 
Na China, o nível da contaminação do ar, das terras e das águas atingiu níveis jamais vistos na história e começa a ficar intolerável para seus 1.300 milhões de habitantes, escreveu o jornal “Clarín”, de Buenos Aires.

Para o jornal, não há dúvida de que a causa são os brutais métodos de desenvolvimento econômico socialista das três últimas décadas.

O Partido Comunista Chinês (PCCh) ganhou riqueza e poder na esfera internacional, mas estragou as próprias bases desse avanço e hoje ameaça ruir de um modo sem igual na história.

Estudos independentes afirmam que até 70% das terras chinesas estariam seriamente contaminadas. Camponeses e populares estão se revoltando com uma crescente frequência e intensidade.

Nas cidades deste país, no qual é proibido fazer manifestação, multiplicam-se os protestos de rua. Simultaneamente, milhares de denúncias públicas através das redes sociais apavoram o governo.

Os chineses optaram por contestar a perversa autoridade que os oprime.

Em Dalian, no leste do país, um protesto multitudinário bloqueou a ampliação de uma petroquímica da cidade, e o sucesso da manifestação passou a ser imitado em outras regiões.
Poluição química provocou crescimento anômalo de algas nas praias de Qingdao
 
Poluição química provocou crescimento anômalo de algas nas praias de Qingdao
 
Sem coragem de enfrentá-los, Pequim tenta ludibriar os descontentes. Segundo anunciou recentemente o Ministério de Terras e Recursos, será feito um estudo em grande escala em todo o território para conhecer o nível de contaminação do solo.

Serão colhidas amostras em diversas profundidades, a fim de investigar as condições do local e o impacto da atividade humana. O Ministério de Terras diz que não se sabe quando se conhecerão os resultados, porque a contaminação do solo é “segredo de Estado”.

O anúncio soou como mais uma tentativa de empurrar para as calendas gregas qualquer solução. Enquanto isso, a população se intoxica respirando, bebendo, comendo ou tomando banho.

O Ministério de Meio Ambiente diz que as terras em uso estão contaminadas com metais pesados e pesticidas proibidos nos anos 80. Zhuang Guotai, responsável pelo trabalho, disse que tudo isso é devido à descontrolada Reforma Agrária chinesa.

O socialismo no campo quis duplicar a produção de grãos em 30 anos com seus métodos confiscatórios e dirigistas e agora apela ao Brasil e à Argentina para alimentar a população.

Entrementes, continúa mantendo a periclitante estrutura econômica marxista, que por todo lado se mostra prestes a desabar.

O escândalo, diz Clarin, é tão agudo que o governo socialista escolheu falsificar os dados oficiais e silenciar os resultados dos laudos de contaminação ambiental. 
Criança com problemas respiratórios em Hefei, província de  Anhui
 
                         Criança com problemas respiratórios em Hefei, província de  Anhui
 
 
Ninguém conhece os resultados do primeiro estudo nacional de contaminação do solo, iniciado em 2006.

Os acadêmicos que participaram dele narraram que o governo apagou os dados colhidos desde o início.

A contaminação do solo é a maior ameaça à saúde da população chinesa. Ela intoxica toda a cadeia alimentar pelo uso indiscriminado de pesticidas e fertilizantes, carregados de elementos tóxicos como chumbo, arsênico ou cadmio.

Em Cantão (hoje Guangzhou, capital da província de Guangdong), no sul do país, até 44% das amostras de arroz revelaram níveis muito elevados de cadmio.

Esses elementos que viram venenos nos alimentos são responsáveis pelo notável aumento, nas cidades, de crianças nascidas com defeitos genéticos e casos prematuros de câncer.

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