quarta-feira, 20 de maio de 2015

Jornal divulga documentos e diz que CBF 'vendeu' a seleção brasileira.


Empresários responsáveis por marcar os amistosos da Canarinha são os principais beneficiados no acordo.

A CBF está envolvida em mais um escândalo. O jornal 'Estadão' publicou, neste sábado, uma matéria que revelando detalhes dos contratos entre a entidade máxima do futebol brasileiro e a empresa Internacional Sports Events (ISE), com sede nas Ilhas Cayman, responsável por marcar os amistosos da Canarinha desde 2006.


De acordo com o repórter Jamil Chade, os jogadores convocados precisam se enquadrar em uma lista de ‘critérios’, como por exemplo: valor de marketing. Até as substituições por cortes de lesões teriam que atender aos interesses dos empresários. A CBF teria feito estes acordos ainda na gestão de Ricardo Teixeira, que teve o ‘cuidado’ de se associar com empresas em paraísos fiscais para driblar os agentes da Receita Federal brasileira. 

A ISE seria uma empresa de fachada, sem funcionários nem escritório. Em 2006, Ricardo Teixeira renovou o contrato com este empresários por mais dez anos. O dirigente teria firmado o acordo em Doha, no Catar.

Entre 2006 e 2012, a ISE deixou a operação, da marcação dos amistosos, nas mãos da empresa Kentaro. Quando o acordo terminou, a Pitch Internacional assumiu a vaga da Kentaro.

"A CBF garantirá e assegurará que os jogadores do Time A que estão jogando nas competições oficiais participarão em qualque e toda partida", esta estabelecido no artigo 9.1 do contrato que estabelece multa caso não seja cumprido.Foi só em 2011 que às cláusulas sobre convocações de jogadores apareceram. Nos contratos entre ISE e CBF. Pelo acordo, o treinador teria que sempre chamar os seus principais jogadores, sem poder fazer testes com jovens atletas.

"Se acaso os jogadores de qualquer partida não são os do Time A, a taxa de comparecimento prevista neste acordo sera reduzida para 50%", pelo contrato, está definido que a CBF receba 1,05 milhão de dólares (R$ 3,14 milhões).

O contrato ainda pede que a ISE seja 'consultada' em caso de corte de jogadores. O acordo ainda prevê que o substituto seja do mesmo nível, com base no valor de marketing, habilidades e reputação.

A preparação para a Copa de 2018 e 2022 também será explorada de forma exclusiva pela ISE. De acordo com o 'Estadão', Marin e Del Nero estavam negociando um novo contrato com a Kentaro. Com valor superiores ao estabelecido com a ISE.

Foi o Grupo Figer que convenceu a nova dupla de mandatários a negociar. 132 milhões de dólares seriam pagos à CBF por cem jogos entre 2012 e 2022. A renegociação foi iniciada logo após a renúncia de Ricardo Teixeira. Em contato com o Estadão, Del Nero defendeu os contrato.

"O contrato, na medida do possível, a gente tenta cumprir. Nós chegamos já tinha esse contrato, temos que cumprir. Eu não chego a dizer que esse contrato é tão ruim. Quando a gente jogava no Brasil não chegava a tirar esse valor. Hoje quanto é isso? R$ 3 milhões e pouco? Se analisar, hoje é um contrato bom."

Nenhum comentário:

Postar um comentário